sábado, 11 de fevereiro de 2012


                       ESTUDO SOBRE O FRUTO DO ESPIRITO. A BENIGNIDADE

INTRODUÇÃO:
O assunto deste estudo é a benignidade, uma palavra bastante parecida com a bondade que estudaremos na próxima aula. Você irá perceber que a benignidade está relacionada com o julgar as ações das pessoas.
DEFINIÇÃO: (gr. chrestotes), Não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12;).
Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.


Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;
Uma boa ajuda para que você entenda o que é benignidade, é ver o seu antônimo. Outra ajuda é compreender a diferença entre benignidade e bondade. 


1) O oposto de benignidade é malignidade, aquele que não é benigno é maligno. O contrário de bondade é maldade, ou seja, aquele que não é bom, é mau!
Se você percebeu bem, a benignidade e a malignidade (bem ou mal) são interiores, estão ligadas ao sentimento, enquanto que a bondade e a maldade (bom ou mau) são qualidades exteriores, falam de ação.


2) Existe uma grande diferença entre benignidade e bondade, embora sejam termos bastante parecidos.
Benignidade é a disposição em ser bondoso com o próximo. Significa excelência de caráter, pensar bem a respeito das pessoas (daí o fato de estar ligada com o julgar).
Ser benigno significa também ser flexível. Deus não quer que sejamos demasiadamente exigentes (fardo pesado sobre os discípulos) e inflexíveis.
Bondade é a ação de ser bom, gentil e reto para com o próximo. 
Devo pensar benignamente e agir com bondade.
A RELAÇÃO ENTRE A BENIGNIDADE E O JULGAR O PRÓXIMO. 
Se nós aprendemos na definição acima que a benignidade é a disposição em ser bondoso, é pensar bem a respeito do próximo; significa então que não devemos julgar as pessoas.
Este julgar (que inclusive foi proibido pelo Senhor Jesus em Mt 7. 1-5) fala de tirar conclusões precipitadas a respeito de alguém ou de algum fato. O julgar proibido pelo Senhor refere-se ao fato de falarmos de algo que não sabemos ou não temos certeza  
 Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Para estarmos dispostos a agir de maneira bondosa com alguém, devemos pensar benignamente com relação a este alguém.
Exemplo: o irmão fulano faltou ao culto e é obreiro. Pelo fato de ter faltado sem motivo em outra oportunidade os demais obreiros comentam a respeito do fato dizendo que o referido irmão é negligente, etc...
O pastor então já decide disciplinar o irmão. Para surpresa de todos chega a noticia que o irmão havia faltado ao culto por ter sofrido um acidente grave.   
 IRMÃO; procure sempre pensar o bem quando você estiver diante de um fato que desconhece! Isto não quer dizer ser imprudente! Esteja sempre disposto a ser bondoso com o próximo.   
Cuidado!
Não confundir a passagem de Mateus 7. 1-5, com o fato de não exercer a disciplina eclesiástica! A passagem citada anteriormente fala do julgar precipitadamente (falar do que não sabemos), no entanto, a mesma Bíblia manda que julguemos as questões internas da igreja local bem como exercermos a disciplina eclesiástica!
Leia sobre este assunto (julgar e disciplinar), leia o texto de ICorintios, capítulos 5 e 6.




A RELAÇÃO ENTRE A BENIGNIDADE E A FLEXIBILIDADE
Vimos anteriormente que o crente benigno é flexível; isto se deve ao fato do coração cheio do Espírito Santo sempre estar disposto a ser bondoso. Antes de sabermos a intenção de alguém, devemos agir com uma disposição a perdoar e a agir com brandura e gentileza. Lembre-se: as pessoas são todas diferentes e “cada caso é um caso!”.
Exemplo: Quando chega ao seu conhecimento de que alguém fez algo contra você, converse com a tal pessoa indo até ela com o coração disposto a reconciliar.
Quando o pastor vai aplicar a disciplina em alguém, deve sempre visar à restauração desta pessoa e sempre olhar com olhos benignos. 
A BENIGNIDADE DE DEUS
Deus é benigno, pois ele está sempre disposto a agir com bondade para conosco, entretanto, a sua benignidade tem um sentido mais pleno, pois devido a sua onisciência, ele sabe perfeitamente as intenções do coração do homem.
Não se esqueça do conceito de benignidade: Disposição em ser bondoso com o próximo. Embora Deus conheça o nosso coração, ele nos ama e sempre está disposto a ser bondoso, isso nos serve de modelo; independente do que o meu próximo pensa a meu respeito, devo sempre estar disposto a ser bondoso para com ele
CONCLUSÃO:
Vimos nesta aula o conceito da benignidade e a sua diferença em relação à bondade.
Você sempre ganhará sendo benigno (Pv 11.17).
 O homem benigno faz bem à sua própria alma, mas o cruel perturba a sua própria carne
Somente um coração cheio do Espírito Santo pode ser assim.
O julgar precipitado; a inflexibilidade e os pensamentos malignos não devem fazer parte da vida do cristão! 
Nunca se esqueça que as intenções do Senhor sempre são benignas ao nosso respeito (Jr 29.11; Lc 6.33,19.10; Jo 3.16,17-

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