sábado, 11 de fevereiro de 2012


 O ESPÍRITO SANTO E A LINGUAGEM DOS SÍMBOLOS

Os símbolos contribuem para o conhecimento da verdade. Falam da diversidade de operações do Espírito Santo, sem afetar a sua unicidade e a sua imutabilidade.De fato eles representam as características da natureza do Espírito Santo.
São modos especiais para compreendermos as suas operações, representadas por coisas do mundo físico.

1 Pomba  ( Jo 1.32-33 ).

Na simbologia Bíblica esta ave identifica vida, paz, comunicação, expiação e poder. Possui assas fortes e largas. É graciosa, e, em sua maioria, mansa e sociável. Adapta-se facilmente à vida doméstica.
Deus o Criador, sábio nas relações com suas criaturas, utiliza os recursos do conhecimento humano para falar sobre o mundo espiritual.
Foi Ele quem primeiro usou a pomba como símbolo do seu Espírito, Jo 1.32-33. João Batista entendeu que o Espírito Santo manifestava-se em forma de uma pomba, pó isso, não teve dúvida do fato. Aquela visão foi real e constituiu-se em um sinal que o convencia de que Aquele era de fato, o Filho de Deus.
Esta forma pela qual o Espírito Santo se apresentou no batismo em águas de Jesus, não estabelece dificuldade doutrinária. A Terceira pessoa da Trindade não precisa de forma corpórea, pois, é Espírito, Jo 4.14; II Co 3.17. Ele apenas se configurou aos olhos de João Batista para mostrar o Messias prometido por Deus. Vejamos algumas características da pomba que testificam as ações do Espírito Santo.

A – Movimento.

O Espírito Santo manifesta-se através da dinâmica de seus movimentos. Ele atua sobre o mundo da mesma forma como “movia sobre as águas”, Gn 1.2 que simbolizam a humanidade, e opera para convence-la do pecado, da justiça e do juízo, Jo 16.8-10. Ele se move no seio da igreja para dinamizar a vida dos crentes.
A pomba é uma ave inquieta, seus movimentos falam de vida, força e ação.

B – Vida.

O Espírito Santo transmite e simboliza a vida, Rm 8.2,11; II Co3.6. O pecador está morto, mas o cristão é vivificado, Ef 2.1. No dilúvio, Noé e sua família entraram na arca para se salvarem das águas. Muitos dias depois, ele soltou um corvo, que ia e voltava, até não retornar mais. Depois enviou uma pomba que, não encontrando lugar para pousar, voltou. Ao regressar trouxe no bico uma folha de oliveira, Gn 8.6-12. Este episódio simboliza o papel do Espírito Santo no mundo. O corvo é carnívoro e vive muito bem onde há morte. A pomba é o símbolo da vida, da pureza e por isso retornou á arca. Jesus é a oliveira, Rm 11.17.

C – Simplicidade

Jesus disse: “Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas”, Mt 10.16, Ele conhecia a natureza desta ave; por isso, comparava-a à simplicidade. Isto fala de pureza da mente, sem a malícia do mundo. Só um coração despido de presunção e de vaidade recebe o Espírito Santo.
Simplicidade é o estado e a atitude de quem é simples, e possui a pureza de propósitos. A pomba possui estas características. O Espírito Santo inspira estas características de simplicidade nos cristãos para que vivam numa dimensão mais pura e acessível a Deus.

D – Mansidão

O salmista almejou no Sl 55.6-7 ter asas como de pomba para fugir para longe e pernoitar no deserto, onde há paz e mansidão. O espírito Santo é manso e habita em corações puros. Ele não reside onde existe tumulto e violência porque é terno e gracioso. Um dos frutos que o Espírito Santo Gera na vida do crente é a mansidão, Gl 5.22.

E – Pureza

Como aquela pomba que retornou a Noé porque não encontrou lugar entre os mortos do dilúvio, Gn 8.8-9, assim é o Espírito Santo, não pode habitar onde há impureza,

F – Paz

Já é tradicional a ilustração da paz, simbolizada pela pomba. Onde o Espírito Santo está existe quietude. Sua presença em nós produz a tranqüilidade do perdão dos pecados, como declara a Bíblia: “Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm 5.1
A unção do Espírito Santo na vida do crente o habilita tanto a ter paz, Gl 5.22, como também a promover a paz aos corações contritos, Lc 4.18-19.

G – Sensibilidade

A pomba é uma ave sensível, ela foge ao perceber o perigo. Da mesma forma quando pecamos o Espírito Santo se entristece. A pomba é uma ave que se amedronta facilmente. Se houver algum tipo de ameaça à sua vida ou ao seu ninho, ela o abandona imediatamente. Também se houver atitude irreverente à presença do Espírito Santo, ele se afasta, podendo se evadir, ou até mesmo ser extinto da vida do crente, I Ts 5.19. ( Ver Jz 16.20; I Sm 16.1, 14 )
Davi sabia que o Espírito Era sensível e não convivia com o pecado, Sl 51.11.




2 Fogo   ( Mt 3.11; Lc 3.16; Is 4.4 )

O fogo ilustra a limpeza, a purificação, a intrepidez ardente, e o zelo produzido pela unção do Espírito Santo.
O Espírito Santo é comparado ao fogo porque este aquece, ilumina, espalha-se, purifica. O fogo representado pelo Espírito Santo tem o sentido de “poder que penetra e purifica” os mais duros dos metais.
O ouro por exemplo, quando sai do crisol, expele toda a impureza e torna-se o mais valioso de todos os metais.
No dia de pentecostes esse fogo manifestou-se sobre os discípulos sem destruí-los, antes purificou das impurezas. Lembremo-nos que no mesmo dia dois elementos da natureza, o vento (som como)e o fogo (línguas como), manifestaram-se como símbolos da obra do Espírito Santo, At 2.2-3.


3 Vento   ( Ez 37.7-10; Jo 3.8; At 2.2)

O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito Santo e, é indicativo da sua misteriosa operação independente, penetrante, vivificante e purificante.
O vento também produz refrigério. Como é bom ao andarmos sob o calor escaldante depararmos com o assoprar do vento, trazendo-nos o seu refrescor e dando-nos ânimo para prosseguirmos em nossa caminhada. Assim também o Espírito Santo com a sua brisa de consolo, ânimo e coragem, nos conduz à vitória por Cristo Jesus Nosso Senhor.


4 Água  ( Ez 36.25-27; 47.1-5; Jo3.5; 4.14; 7.38-39 )

O Espírito é a fonte da Água viva, a mais pura, e a melhor porque Ele é um verdadeiro rio da vida, inundando as nossas almas e limpando a poeira do pecado. O poder do Espírito opera no reino espiritual o que a água faz na ordem material.
A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza.


5 Selo (Ef 1.13; II Co 1.22 )

Essa ilustração exprime os seguintes pensamentos:
A –  Possessão. A impressão dum selo dá a entender uma relação com o dono do selo, e, é um sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes são propriedade de Deus, e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita. O seguinte costume era comum em Éfeso no tempo de Paulo. Um negociante ia ao porto e então a marcava com seu selo, um sinal de reconhecimento da possessão.
B -  A idéia de segurança . Também está incluída, Ef 1.13 vide Ap 7.3 O Espírito inspira um sentimento de segurança e certeza no coração do crente, Rm 8.16.  Ele é o penhor ou primícias da nossa herança celestial, uma garantia da glória vindoura.


6 Azeite O azeite é talvez o símbolo mais comum e mais conhecido do Espírito Santo. Quando se usava o azeite no ritual do antigo Testamento, falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida, e transformação. Três verdades sublimes estão relacionadas com o azeite:
A- Alegria Sl 23.5; Is 61.3; At 13.52.
B- Consolo  At 9.31; Jo 14.16; Lc 10.34.
C- Alimento para as lâmpadas  Mt 25.1-10.


7 Chuva  (Tg 5.7)

Chuva nos fala de regar uma terra seca, é isto que o Espírito Santo faz no coração do homem, rega o endurecido coração e o torna mole para receber a graça salvadora de Cristo, Sl 68.9; 72.6; 107.35.


                                     Conclusão

Amados, chegamos não ao término, mas a uma vírgula desta infindável e edificante matéria e espero que tenha enriquecido não só os seus conhecimentos acerca do Espírito Santo, mas também, que tenha aumentado consideravelmente a sua experiência com Ele. Que seu desejo em se tornar cada vez mais cheio do Espírito Santo se cumpra a cada dia, até a vinda de Cristo Jesus. Ressalto que dentro desta matéria estudaremos ainda sobre o batismo com Espírito Santo e sobre os dons espirituais que estão divididos em duas apostilas.
Deixo aqui como advertência que sigamos o exemplo do profeta Ezequiel narrado no capítulo 47 do livro de mesmo nome, onde o profeta não se conteve em ficar apenas às margens do rio das “Águas Purificadoras”antes, entrou até não poder passar a vau e então teve que nadar.
Não contente em estar apenas a margem do “Oceano do Espírito” com o conhecimento que você adquiriu sobre Ele. Vá mais longe. Mergulhe. Tome posse da unção e seja um poderoso instrumento nas mãos do Senhor. Viva na unção. Amém ! ! !

abraços até a proxima

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